Preços dos alimentos continuam em alta, e recuperação é vista apenas a longo prazo

A alta persistente dos alimentos nos últimos meses tem sido a principal vilã na percepção negativa da população em relação à economia brasileira e, consequentemente, à atuação do governo federal.
Embora o problema seja global, conforme aponta a própria agência para alimentação e agricultura das Nações Unidas, FAO, atingindo o maior patamar em 18 meses no mundo, no Brasil a inflação da cesta básica fez a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva despencar em fevereiro.
Mais de 90% da população de oito estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Bahia) acham que os alimentos estão mais caros neste mês, segundo pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (26).
Números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) também divulgados hoje revelam dados positivos sobre a alta do emprego, mas, com a forte subida da inflação, essa melhora parece não ter sido sentida pelos trabalhadores.
De acordo com o levantamento, a desaprovação de Lula superou 60% nos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
De acordo com os economistas, mesmo que faça o dever de casa, o governo só terá resultados positivos no setor alimentício no longo prazo, pois, por ser majoritariamente produtor de commodities, o país fica refém das intempéries do clima, da economia e da geopolítica.
Fonte: AM POST
Foto: Divulgação