2024-12-12
  • 12:46 Governador assegura que Garantido vai se apresentar no Festival de Parintins
  • 11:48 Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,08 bi de valores a receber
  • 11:32 Willi Ninja, Padrinho Do Voguing, É Homenageado No Google
  • 11:15 Bolsa fecha no maior nível em sete meses após inflação recuar
  • 11:09 Dia Nacional da Imunização alerta para baixas coberturas vacinais

Imunizante começou a ser fabricado em Bio-Manguinhos (RJ) com insumos importados

Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) entregou na manhã desta quarta-feira (17) 500 mil doses do primeiro lote de vacinas contra a covid-19 produzidas em território nacional com insumos importados.

A cerimônia de entrega contou com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e do cardiologista Marcelo Queiroga,nome escolhido por Bolsonaro para assumir a pasta nos próximos dias.

Outras 580 mil doses da vacina serão disponibilizadas até sexta-feira (19), totalizando 1,8 milhão de doses entregues ao PNI (Programa Nacional de Imunizações). Com o registro definitivo concedido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Fiocruz tornou-se a detentora do primeiro registro de uma vacina contra covid-19 produzida no Brasil.

Pazuello disse que o lote inicial ainda é pequeno em relação ao tamanho do projeto desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceira com a Fiocruz. “Estávamos apenas com uma produção nacional, no Butantan, e estamos iniciando hoje na Fiocruz para que chegue até o final de março com 3,8 milhões de doses e, a partir de 1º de abril, uma produção diária de até 1 milhão de doses”, disse o ministro, que lamentou o atraso na distribuição devido à chegada do insumo internacional.

O ministro ainda garantiu que o Brasil vai vacinar metade da população brasileira até julho e a outra metade até o final do ano. “Vamos controlar essa pandemia ainda no segundo semestre. Essa é a nossa missão e, para isso, precisamos das vacinas”, pontuou ele ao mencionar a contratação de imunizantes de sete laboratórios diferentes.

“O coronavírus veio para ficar e nós vamos controlar a pandemia com vacinação e novos hábitos, de usar máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento social”, completou Pazuello.

Queiroga classificou a produção dos imunizantes em solo brasileiro como o “início do maior programa de imunização contra a covid-19”. Ele avalia que os secretários de saúde de cada um dos municípios brasileiros são o “exército” para combater a pandemia. “Nossa tropa de choque está muito unida para, através de diálogo e da ciência encontras as soluções que o Brasil precisa”, destacou.

“Não é um dia de celebração, mas é um marco de um processo para que o Brasil atravesse toda essa grave crise sanitária, econômica, social e humanitária com a menor perda de vidas”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Nísia agradeceu o trabalho em conjunto com o Ministério da Saúde e enalteceu o trabalho de todos profissionais do instituto. “Estamos escalonado essa produção para entregar, a partir de abril a vacina totalmente nacionalizada”, afirmou.

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, integra o plano nacional de vacinação e está sendo aplicada por meio de uso emergencial desde janeiro a grupos prioritários. O imunizante é fabricado em Bio-Manguinhos com IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) que chegou ao Brasil a partir do dia 6 de fevereiro.

A expectativa da Fiocruz é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de 1 milhão de doses do imunizante contra a covid-19 por dia. Nesta semana, o Ministério da Saúde também distribui mais 4,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Butantan.

Victor Machado

RELATED ARTICLES
LEAVE A COMMENT