”Atoleiro e péssimas condições da rodovia impedem desenvolvimento da região. Realidade precisa ser outra”, afirma Menezes
Durante seis dias de expedição pela rodovia federal BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), coronel Menezes (Patriota) percorreu os 650 KM da estrada até o município de Humaitá (a 591 km em linha reta da capital), retornando pela mesma rodovia a capital. Atoleiros e má condição da BR foram alguns dos problemas enfrentados pelo grupo durante a viagem.
No início deste mês, a Justiça Federal suspendeu as obras de reconstrução do trecho C da rodovia, causando mais uma polêmica em torno da obra.
Para conhecer a atual realidade da estrada federal, Menezes iniciou a expedição, na última quarta-feira, 03/03, saindo de Manaus até o município de Humaitá, passando à noite no município do Careiro Castanho. Menezes e sua equipe saíram, às 6h, de quinta-feira, 04/03, do Castanho, km 115 da rodovia, em direção a Humaitá.
A equipe passou por vários trechos difíceis, chegando a parar inúmeras vezes e auxiliar alguns motoristas que estavam com os veículos “atolados” durante o percurso há pelo menos quatro dias.
Em 15 horas de viagem de ida, a expedição percorreu 475 km da estrada, chegando ao distrito de Realidade (km 590 da BR-319), às 23h de quinta-feira, 04/03, faltando em torno de 100 km para chegar a Humaitá, onde pernoitaram, saindo deste local às 10h de sexta-feira, 05/05, após reunião com lideranças locais. Coronel chegou por volta das 12h do mesmo dia a Humaitá, onde permaneceu até a madrugada do domingo (07/03).
“Tanto na ida quanto na volta, passamos por momentos muito difíceis, principalmente, entre os quilômetros 370 ao 480 da rodovia, mas com fé em Deus chegamos em segurança. Durante o trajeto, na área em que cabia manutenção do Dnit, observamos boa condição da estrada e recuperação de algumas pontes. Entretanto, havia outros pontos que requer muita perícia por parte dos motoristas”, comentou o coronel.
Volta
Durante o retorno a Manaus, a equipe da expedição saiu às 5h, do domingo, de Humaitá e chegou por volta das 21h a comunidade do Igapó-Açu, onde pernoitou até o retorno a Manaus, na tarde desta segunda-feira, 08/03. “Só conhece a realidade dessa estrada e o sofrimento das pessoas, como suas dificuldades e desafios, quem a utiliza ou venha se aventurar a conhecê-la. São décadas de sofrimento, isolamento e exclusão. Não podemos permitir que isso se perpetue. Temos que mudar e reconectar, por estrada, o Norte com as demais regiões do país”, defendeu Menezes ao salientar que a expedição vai compor um estudo que está fazendo sobre a rodovia.
A BR-319 foi inaugurada em 1976 e compreende 885 quilômetros, iniciando em Manaus e finaliza em Porto Velho (RO), sendo a única rodovia que liga os estados do Amazonas e de Roraima com o restante do país. Para se ter uma ideia, a rodovia interliga 22 municípios, entre as regiões dos rios Madeira e Purus.
A recuperação total da BR-319 é uma queda de braço antiga travada há muitos governos, principalmente pelo não entendimento entre ministérios e órgãos ambientais. No entanto, foi um compromisso assumido no início da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no qual garantiu a recuperação total da rodovia, assim como de outras estradas federais brasileiras.
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